segunda-feira, 20 de abril de 2020

Da Ficção à vida Real: O Futuro chegou - Cinema fora de Cena.

Quem nunca assistiu, estaticamente, filmes de ficção onde um vírus altamente letal era capaz de se espalhar rapidamente por todos os continentes do Planeta, exterminando o futuro de muitas pessoas, assustando e atordoando os que conseguiam sobreviver a Pandemia?
Ao final do filme, uma legenda sobe dizendo que: “- Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.” 
Neste instante, entre a emoção aflorada dada pela música final da trama cinematográfica e a subida dos créditos com nome dos atores associados as suas personagens, diretores e escritores da obra ficcional... um longo e aliviado suspiro descarrega toda respiração ofegante e reduz a ansiedade e o estresse "vivido" enquanto as luzes vão sendo acessas. Você era apenas um cinéfilo, sendo um expectador de um filme de ficção científica.
Mas, hoje, em plena Pandemia da COVID-19 somos partícipes desta trama, somos o elenco. Podemos ser protagonistas, atores coadjuvantes, figurantes... ou atuar em qualquer papel a qualquer momento e temos como Diretor Geral deste filme chama-se COVID-19 ou Coronavirus:

Vida Real: 2020 Ano da COVID um vírus letal!


A alma da tragédia é a trama: Um vírus surge em um mercado de Wuhan, capital da Província de Hubei na China em Dezembro de 2019 e em 5 meses o surto inicial torna-se a Pandemia mais grave da humanidade chegando ao dia de hoje, 20 de abril de 2020, com 2.432.092 casos confirmados de seres humanos infectados, dentre estes o realismo triste 166.794 mortes em todo Mundo. 


No cinema verdadeiro, o ator não cria a personagem ele(a) tem que viver realmente a situação. São situações fictícias, mas a atuação tem que ser real, porque ele(a) está ali vivendo aquele momento. Quando o diretor diz: "-Corta, acabou!", o ator volta à sua vida, mas enquanto filma ele é a pessoa que está realmente vivendo aquilo.
Cinema fora de Cena: Chamada do Filme by Glaucia Esteves
No século 21, uma doença infecciosa, causada por um vírus letal faz o MUNDO PARAR. Identificado pela Sociedade Científica como um tipo de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-2), recebe a denominação CoVid-19. Com uma alta taxa de transmissibilidade e letalidade o vírus promove um isolamento social impensável para a estrutura da sociedade atual. A capacidade humana de se isolar no mundo globalizado e ao mesmo tempo, se comunicar é testada até em última instância. 

Não é um filme sobre crueldade sobrenatural, mas sobre o resgate da humanidade à empatia, a pensar no todo, a abandonar o egoismo e egocentrismo e a valorizar o que temos de mais importante na vida e que o dinheiro não compra: Nossa Saúde! 

O filme mostra como a mente humana é capaz de se adaptar, a plasticidade neuronal do triunfo da construção de um novo olhar para um mundo novo, com um inimigo único e desafiaDOR, que comove a todos pois destaca um sentimento - A solidariedade , tangível, viva dentro de cada um de nós e que irá resistir as condições mais difíceis que o futuro irá mostrar porque somos seres resiliente.
"We are facing this disease together"1 Estamos enfentando esta doença JUNTOS!
"Let's meet again."2- Vamos nos encontrar novamente.
*1-2 Frases Pronunciadas pela Rainha Elizabeth II em 2020
#StayHome    #Ficaemcasa  "Let's meet again."

Assistir filmes de ficção científica é viver o desconhecido, o suspense, o medo, o drama e o pânico. Fazer parte deste roteiro é ainda mais desafiaDOR, pois deixa de ser fantasioso ou absurdo e passa a ser real. 


Desapegando completamente da lógica mundial deste século e regressando as nossas origens: Ficando em casa... TODOS CONTRA UM VÍRUS!

Um momento único de aprendizagem da espécie humana, sem religião, cultura, nação ou qualquer outra barreira que não seja a física, imposta por uma pandemia: o afastamento social. Este é o programa cultural deste tempo de Coronavírus. Um tempo de, literalmente, tirar o fôlego, mas com uma mensagem extremamente simples: Stay Home, fique em casa por você e pelos outros.

Independente disto, se alguém nos dissesse que em abril de 2020 estaríamos nesta situação e sem previsão de resolução em um futuro breve, acharíamos uma distopia. Mas, infelizmente, não é. O futuro, a Ciência e a Tecnologia nos dirá o fim desta história... até porque eu e você não podemos dar o Spoiler do filme. 

Como atores o que podemos dizer é que a melhor sala para assistir é a da sua casa, o efeito do som depende do momento: pode ser triste e doloroso como o som de sirenes ou marchas fúnebres ou um lindo som de violino tocado por algum músico isolado em sua varanda para seus vizinhos; a imersão na história é ativa, querendo ou não está em AÇÃO. 

Se não encontrarem a vacina, teremos que aguardar pacientemente a imunização passiva. Até lá a trama envolve momentos de picos de mortes em quantidade catastrófica, um audiovisual que havíamos deixado de apreciar como um despertar de um novo dia, ou o sentir o vento e a chuva capaz de expandir ainda mais nossas possibilidades adaptativas de reorganizar a vida familiar ou separar para sempre. 

O Google Movies jamais irá superar este filme. O ISOLAMENTO SOCIAL, torna-se, ponderadamente, parte fundamental da nossa realidade. Nem um hollywoodiano possui esta plataforma de streaming (transmissão) gratuito diariamente divulgado nos noticiários mundiais. Exibições de curtas, longos e documentários de todos os povos, línguas e nações. 

Além de documentário, há neste filme apreensão, medo do desconhecido, comédia, aventura, drama e um enredo cristalino e ao mesmo tempo sombrio. Há inclusive um McGuffin especial para o ator-espectador usado a exaustão...lave as mãos. A filmagem é realista e a fotografia pode ser deslumbrante ou apavorante a luz natural. A saga já começou e nenhum crítico está fora de ser colocado para ser ator. É imprescindível lutar por dias melhores e jamais desistir.

"Não existe triunfo sem perda, não há vitória sem sofrimento, não há liberdade sem sacrifício."

(Aragorn - O Senhor dos Anéis - O retorno do Rei -2003)






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