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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Percepção pós-pandemia de Covid-19: Conseguiremos nos reconectar?

    O ano de 2020 já entrou para história como o ANO DA PANDEMIA do vírus SARS-CoV 2 ou Covid-19. Ela já faz parte da história da humanidade como uma das grandes tragédias que assolaram a espécie humana. Nos livros de História,  grandes tragédias marcam determinados anos e são relatadas aos futuros habitantes do planeta como fatos narrativos ou interpretativos. Certamente que o Coronavírus será citado como um vírus que assolou o mundo em 2020 deixando um rastro triste em todos os continentes de milhares de mortos. 


    Esta história  não será narrada, escrita e reescrita apenas em livros didáticos de História, ela estará nos relatos das famílias em várias gerações, nos sites de pesquisas atualizados diariamente, nas coberturas de imprensa registrados com riqueza de detalhes, nos anais da ciência contemporânea, como um FATO a ser pesquisado para que a humanidade nunca mais  possa perder tantos em tão pouco tempo.
    Na Semana Mundial do Meio Ambiente "temos todo o tempo do mundo"(afinal estamos em quarentena) para refletirmos sobre o que o Futuro nos reserva... Como será o mundo pós-pandemia?

    Prevemos que nos livros de Psicologia, Psiquiatria, Filosofia ou Sociologia esta Pandemia será destacada como um divisor de água na FORMA dos seres humanos se relacionarem.

     Somos seres sociais, mas em tempo de Coronavirus fomos bruscamente separados,  colocados em quarentena, em isolamento social, em Lockdown. Será este o novo normal? Que marcas terá deixado em nós esta Pandemia? Teremos grandes Shows ou aglomerações em teatros fechados? Aprenderemos a ser solidários e usar a máscara sempre que tivermos infectados por um vírus de sintomas gripais? 

    Universidades de todo o mundo farão "Estudos de Casos"  com os sobreviventes ou com os dados coletados  e questionarão se fomos capazes de realizar de forma assertiva os "testes, testes, testes..." 
se o tratamento foi o mais correto aos doentes mais graves. Para tanto, ouvirão os  relatos dos sobreviventes, analisarão as necrópsias (minimamente invasivas) feitas nos corpos dos pacientes, diagnosticados de Covid e que vieram a óbito. Matéria e material para estudos futuros teremos aos montes: vírus "in vitro", fotografado quadro a quadro, esquematizado, formatado com sua ação simulada em 3D. A Ciência dará um salto forçado dada a urgência epidemiológica. 

    Há uma nova corrida humanitária e sanitária  às vacinas. Estas,  que andavam sendo questionadas e banalizadas por alguns integrantes da sociedade, serão compulsoriamente cobradas para este novo mundo. 

    O fato é que hoje pesquisadores, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas e toda a cadeia que compõem a Saúde está sendo levado ao extremo em suas habilidades técnicas, físicas e emocionais...estão vivendo em campos de guerra, sendo que a guerra não está acontecendo do lado de fora, o campo de batalha está dentro de cada pessoa contaminada pelo vírus e os médicos estão em guerra contra um inimigo novo. No mundo pós-pandemia muitos deles terão dado suas vidas pela de outras, alguns não conseguirão ultrapassar este tão grande trauma, outros estarão atordoados emocionalmente e todos, sem exceção, dos mais jovens (recém convocados e saídos da Faculdade) aos mais experientes, poderão ser considerados VETERANOS de Guerra.

    Para recomeçar em um Mundo Novo, em um NOVO NORMAL, precisaremos romper com algumas atitudes e pensamentos arraigados. O "novo normal" será um tempo mais contemplativo, mais melancólico com menos urgências na quantidade e sim na qualidade. Precisaremos buscar um equilíbrio muito maior entre o ter e o ser. Entre o social e o privado, entre o que é "MEU" e o que é nosso. Um novo olhar para a liberdade, para a convivência, para as belezas das pequenas coisas da natureza como a possibilidade de contemplar o mar, ou mesmo de trilhar uma montanha em grupo; de andar livremente e de poder respirar. "RESPIRAR é preciso!"  Parar também é  preciso!

    Este tempo de pausa (II) para pensar, em que toda a humanidade foi colocada na "cadeirinha do pensamento ou orientada a observar o pote da calma",  fará de nós seres humanos melhores para o nosso planeta? 

    Durante décadas ouvimos, vimos e participamos de um ataque destrutivo  ao Planeta Terra com a exploração irracional de seus recursos sem pensar no futuro. Agora, fomos colocados para pensar... O que fizemos? Fizemos o caos, espalhamos lixo até no espaço, destruímos ecossistemas vorazmente, extinguimos espécies, reduzimos ou prendemos outras em cativeiro, contaminamos o ar, a água e solo. Enchemos os oceanos com ilhas de plásticos, interferimos na atmosfera com o aquecimento global pelo uso de combustíveis fósseis, transformamos a camada de ozônio em uma peneira, matamos vários de nós de fome apenas por ganância. 

    Não, definitivamente, NÃO estamos vivenciando um castigo divino, estamos experimentando um pouco do mal que causamos ao planeta, tornamos refém de nossas velhas ações, do descaso ao saneamento, ao conhecimento, ao próximo... depois de um grande abalo sísmico, sempre ocorrem ressonâncias e abalos secundários. Depois que esta Pandemia passar, outras virão. Esta afirmação não é pessimista, é realista. 

    Vírus são parasitas capazes de mutacionar e "saltar" espécies. Eles existem e causam doenças não só aos seres humanos, mas em qualquer ser vivente. VÍRUS atacam bactérias,  plantas, animais, protozoários, fungos...nenhum ser vivo escapa de ter virose. Podemos usar todo o conhecimento expandido e acumulado nestes últimos seis meses para prever e agir de forma que não haja tantas mortes nas próximas pandemias. Precisamos investir em saúde e educação de forma intensificada , em pesquisas científicas de forma preventiva. Não precisamos esperar a segunda, a terceira ou a quarta onda desta Pandemia para nos conscientizarmos das nossas ações e reações diante de momentos como o que estamos vivenciando. 

    Somos uma única raça: a raça humana! É hora de nos enxergarmos como tal. 

E não somos os seres mais inteligentes do Planeta como nos denominamos Homo sapiens sapiens. Se assim fôssemos, não estaríamos brincando de cabo de guerra num momento como este. Estaríamos unidos, todos, sem distinção de cor, sexo, religião ou política contra o inimigo invisível da humanidade: o Coronavírus. 

    Precisamos deixar essa guerra de egos inflados de lado e lutar para salvar vidas. Todas são importantes. Precisamos vibrar sentimentos bons de solidariedade, bondade, empatia, amor ao próximo e harmonia.

     "Dividir para conquistar" é uma frase clássica em estratégias de guerra. O minúsculo coronavírus já descobriu isso e nós, que registramos isto em compêndios, ainda não conseguimos visualizar a estratégia usada para derrotá-lo: Juntos somos mais fortes! 

    O planeta é a nossa casa, a Terra é o nosso OIKOS, todos os que aqui vivem precisam ver-se como  parte do meio. Destruir o meio ambiente é destruir parte de nós, é comprometer o funcionamento do TODO pelo individual, territorial. 

    Para o vírus, não há fronteiras, nem divisas, nem  limites. 
        Não há Países, há hospedeiros. Estes somos Nós! 


    Hoje, 03 de Junho de 2020, Dia Nacional da Educação Ambiental, vamos repensar nossas ações na sociedade atual de forma crítica. Apropriando-se  de uma educação capaz de problematizar e transformar significadamente a sociedade. Uma Educação emancipatória e comprometida com o Futuro desta nova ordem Mundial
(Glaucia Esteves / Junho de 2020)

quinta-feira, 28 de julho de 2016

VIDA É MOVIMENTO E TRANSFORMAÇÃO

Dentre as Características Gerais dos Seres Vivos estão movimento e transformação. O metabolismo(do grego “metabolé”, significa “mudança, troca”), que fornece matéria e energia para que um corpo se mantenha vivo e em constante atividade,é a transformação da matéria orgânica incorporada e transformada pelas inúmeras reações químicas em síntese e degradação de nutrientes para o crescimento e a reprodução, alem da liberação da energia vital.

Albert Einstein, em carta ao filho Eduardo em 1930, já dizia:“A vida é como andar de bicicleta. Para se equilibrar é preciso estar em movimento.” Manter o organismo em equilibro (Homeostase) requer movimento. A vida exige movimento. Nenhum ser vivo se mantem vivo estando parado. Fazendo uma analogia com a frase de Einstein, uma pessoa equilibrada precisa estar em constante movimento e transformação. Andar de bicicleta exige atividade de vários muculos: glúteo máximo, reto femoral, vasto medial, vasto lateral, tibial anterior, gastrocnêmio, bíceps femoral cabeça longa, semimembranoso...no ciclismo, como na vida, quem não se arrisca a cair não se equilibra. 

Como tudo que existe estamos sempre em transformação, e como seres humanos somos corresponsáveis pelas nossas escolhas. Ficar parado, deixando a vida te levar não vai fazer você melhorar. Doenças, tristezas e dores só existem para quem tem o privilegio de estar vivo! Altos e baixos marcam a nossa existência e a oscilação torna a vida prazerosa. Numa analise do ritmo cardíaco podemos ver isto: a vida pulsa em movimentos de altos e baixos, a linha reta no eletrocardiograma é a morte. Vida é movimento, é mudança, é transformação. Tudo muda e tornará a mudar num ciclo incessante. Tempo é movimento, não desperdice o seu.  O agora é o limite de um tempo que se finaliza e de um tempo que se inicia. 
 “... só o presente existe de fato; o passado e o futuro, não sendo presentes, não existem efetivamente. Em outras palavras: é-lhes negado o próprio ser.”
Fernando Rey Puente

Quando a gente é capaz de compreender isto passamos a ver a vida de outra forma,  nos movimentamos para transformar o agora, porque ele e o limite do passado (que a se foi) e do presente (que não sabemos como será). Agarramos a vida com uma enorme vontade de  mudança, de viver com profundidade e grandeza de espirito o agora (o mediador entre o tempo  anterior e o posterior).


Todo Ser Que Respira Louve ao Senhor! (Salmos 150:6).
Louvai ao Senhor!

Respire e Ação!
A respiração traz a nossa atenção para o tempo presente  

Glaucia Esteves 01:37
28 de Julho de 2016

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Indicacao da leitora


EDUCAÇÃO, CONVIVÊNCIA E ÉTICA: Audácia e esperança
Cortez Editora
Autor: Mario Sergio Cortella


Cada dia fico mais encantada com este grande Mestre, Mario Sergio Cortella!!!


O livro: Educação, convivência e ética – audácia e esperança!, foi lançado o ano passado pela Cortez Editora, com 120 paginas e 10 capítulos, onde o filosofo, professor e autor defende a ideia de que ainda dá tempo de mudarmos nossa sociedade com ética e convivência. O livro traz reflexões urgentes para pais, docentes e educadores. Alguns trechos que destaquei no livro:
  • Educar e tarefa permanente. Não se limita apenas a sala de aula.
  • Escolarização é uma parte da Educação.
  • Não existe ética individual.
  • A ideia dos últimos dois séculos da natureza como outro vai introduzir uma referência: ética é convivência. A vida, acima de tudo, é condominial. Domus, do latim, significa “casa”, versão do grego ethos. No grego arcaico, casa é óikos, no primeiro conceito era ethos, a “morada do humano”, usado até o século VI a.C. como “o nosso lugar”, aquilo que nos caracteriza, o nosso carácter. Não é casual que os lusitanos coloquem o “c”, porque aí está o que nos caracteriza. O que nos dá identidade é onde nós vivemos, o mundo que nos cerca.
  • Eu sou alguém que quer preservar a integridade. Logo, a minha casa tem de ficar íntegra, tem de ficar inteira.
  • Integridade é um fundamento ético que deve ser internalizado e praticado. Concepção e prática. 
  • Ética (como conjunto de princípios e valores) e moral (a prática que se desdobra a partir deles) são algo a ser vivenciado. Essa EDUCAÇÃO, CONVIVÊNCIA E ÉTICA acontece prioritariamente na família, como instituição de origem e destino, e secundariamente na escola, como instituição formal de Educação.
  • Ser responsável pela formação de pessoas é assumir com honestidade de propósitos aquilo que se pratica. Portanto, se formo para o bem, a crítica e a responsabilidade irão nessa direção. Criticar é ser capaz de escolher o que se aceita e o que se rejeita. Se, em vez de formar, eu oculto a realidade, ou finjo que não é como é, o máximo que consigo formar é uma pessoa alienada.
  • Não somos um animal de adaptação, mas de integração. Quando alguém se adapta a uma situação, é por ela absorvido. Quando alguém se integra, passa a fazer parte. Quando adaptado, é parte, tem uma postura passiva. Quando integrado, faz parte, a postura é ativa.
  • Tenho de preparar pessoas que sejam capazes de viver nesse meio, sem por ele serem derrotadas.  
Mario Sergio Cortella nasceu em Londrina/PR em 1954. É filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular da PUC-SP (na qual atuou por 35 anos, 1977-2012), com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação: Currículo e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião. É professor-convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e no GVpec da FGV-SP (1998-2010). Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), tendo antes sido Assessor Especial e Chefe de Gabinete do Prof. Paulo Freire. É autor, entre outras obras, de A Escola e o Conhecimento, Nos Labirintos da Moral, com Yves de La Taille, Não Espere Pelo Epitáfio..., Sobre a Esperança: Diálogo, com Frei Betto, Viver em Paz para Morrer em Paz: Paixão, Sentido e Felicidade, Política: Para Não Ser Idiota, com Renato Janine Ribeiro, Escola e Preconceito: Docência, Discência e Decência, com Janete Leão Ferraz (Ática) e Qual é a tua Obra? Inquietações Propositivas sobre Gestão, Liderança e Ética.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

EU APRENDI. EU ENSINEI.

Tive a oportunidade de participar, hoje, de uma palestra com o tema  "A educação no Séc. XXI e o perfil das educadoras e educadores" proferida pelo filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário Mario Sergio Cortella, no Centro de Convenções de Maceió. E como é bom beber na fonte e ouvir mais uma palestra deste brilhante educador!

O professor Cortella iniciou a palestra mencionando e lamentando a morte do grande escritor e educador Rubem Alves, que aconteceu sábado passado, 19, vítima de falência múltipla de órgãos. Mencionou que quando Paulo Freire voltou do Exílio, a reitoria da UNICAMP, cumprindo burocracias obsoletas, pediu ao Conselho Diretor, na pessoa do Professor Titular Rubem Alves um "Parecer sobre Paulo Freire". E que durante 17 anos, conviveu com Paulo Freire que foi seu orientador no Doutorado.

Para Cortella, o grande desafio da escola é não perder a validade! Estamos no Século XXI, fomos formados no século XX e muitas escolas usam métodos do século XIX. Precisamos ter medo de ficarmos ultrapassados!


"Na vida precisamos ter raízes e não âncoras".
Raízes nos alimentam, ancoras nos imobilizam.


Mencionou ainda, a velocidade das mudanças no mundo, que a cada dia o tempo parece mais acelerado e ainda brincou dizendo " Qualquer dia desses veremos Papai Noel vestido de colombina e distribuindo ovos de Páscoa", referindo-se a noção de tempo entre natal, carnaval e páscoa. Hoje, uma criança de seis anos, antes mesmo de ingressar na alfabetização formal, já assistiu cerca de cinco mil horas de TV e que a escola muitas vezes ignora este conhecimento. Muitas crianças de hoje são aceleradas, têm pressa e sofrem de ansiedade e quando chegam a escola, esta não está preparada para recebê-lo.


Destacou três virtudes que o educador do séc. XXI tem que incorporar em seu perfil: Coragem, humildade e esperança ativa.
Coragem de ser humilde e não subserviente. Devemos ter clareza em relação as dificuldades que temos, mas coragem para enfrentá-las. O medo é benéfico, nos protege; já o pânico , nos paralisa.
Humildade em  reconhecer que "ninguém é melhor que ninguém", destacou a frase de Gabriel García Marquez, que diz:







"Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se."
Esperança ativa, porque não há lugar para pessimismo na educação:
“A regra beneditina que eu mais gosto é a regra 34: É PROIBIDO RESMUNGAR! Não é proibido discordar, reclamar, debater. Todo resmungão adota uma postura pessimista. Resmungar é aquele que ao invés de acender a vela fica amaldiçoando a escuridão.

Coisa perigosa é o que ele chamou de "Síndrome do possível"... "Vou fazer o que é Possível...". NÃO!!! Devemos fazer o nosso melhor. (I will do my very best)
Encerrou sua palestra dizendo  um ditado chinês que diz que: "Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando um pão, ao se encontrarem, eles trocam os pães; cada um vai embora com um. Porém, se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando uma ideia, ao se encontrarem, trocam as ideias; cada um vai embora com duas."
Quem sabe, é esse mesmo o sentido do nosso fazer: repartir ideias, para todos terem pão companheiros!
E ainda, "Homens são anjos com uma asa só, que só voam quando se juntam com outros"  

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Mais Rubem Alves e as tarefas da educação

JC e-mail 2554, de 29 de junho de 2004
As tarefas da educação, artigo de Rubem Alves

A primeira tarefa de cada geração, dos pais, é passar aos filhos, como herança, a caixa de ferramentas. Para que eles não tenham de começar da estaca zero


Rubem Alves, educador, escreveu, entre outros, ‘Livro sem Fim’ (Edições ASA), publicado em Portugal, e ‘Seu Eu Pudesse Viver Minha Vida Novamente’ (Verus). Site: www.rubemalves.com.br. Artigo publicado no caderno ‘Sinapse’ da ‘Folha de SP’:

Resumindo: são duas, apenas duas, as tarefas da educação. Como acho que as explicações conceituais são difíceis de aprender e fáceis de esquecer, eu caminho sempre pelo caminho dos poetas, que é o caminho das imagens. Uma boa imagem é inesquecível. Assim, em vez explicar o que disse, vou mostrar o que disse por meio de uma imagem.

O corpo carrega duas caixas. Na mão direita, mão da destreza e do trabalho, ele leva uma caixa de ferramentas. E na mão esquerda, mão do coração, ele leva uma caixa de brinquedos. Ferramentas são melhorias do corpo. Os animais não precisam de ferramentas porque seus corpos já são ferramentas. Eles lhes dão tudo aquilo de que necessitam para sobreviver.

Como são desajeitados os seres humanos quando comparados com os animais! Veja, por exemplo, os macacos. Sem nenhum treinamento especial eles tirariam medalhas de ouro na ginástica olímpica. E os saltos das pulgas e dos gafanhotos!

Já prestou atenção na velocidade das formigas? Mais velozes a pé, proporcionalmente, que os bólidos de F-1! O vôo dos urubus, os buracos dos tatus, as teias das aranhas, as conchas dos moluscos, a língua saltadora dos sapos, o veneno das taturanas, os dentes dos castores.

Nossa inteligência se desenvolveu para compensar nossa incompetência corporal. Inventou melhorias para o corpo: porretes, pilões, facas, flechas, redes, barcos, jegues, bicicletas, casas... Disse Marshall MacLuhan corretamente que todos os ‘meios’ são extensões do corpo. É isso que são as ferramentas, meios para viver.

Ferramentas aumentam a nossa força, nos dão poder. Sem ser dotado de força de corpo, pela inteligência o homem se transformou no mais forte de todos os animais, o mais terrível, o maior criador, o mais destruidor. O homem tem poder para transformar o mundo num paraíso ou num deserto.

A primeira tarefa de cada geração, dos pais, é passar aos filhos, como herança, a caixa de ferramentas. Para que eles não tenham de começar da estaca zero.

Para que eles não precisem pensar soluções que já existem. Muitas ferramentas são objetos: sapatos, escovas, facas, canetas, óculos, carros, computadores.

Os pais apresentam tais ferramentas aos seus filhos e lhes ensinam como devem ser usadas. Com o passar do tempo, muitas ferramentas, muitos objetos e muitos de seus usos se tornam obsoletos.

Quando isso acontece, eles são retirados da caixa. São esquecidos por não terem mais uso.

As meninas não têm de aprender a torrar café numa panela de ferro, e os meninos não têm de aprender a usar arco-e-flecha para encontrar o café da manhã. Somente os velhos ainda sabem apontar os lápis com um canivete...

Outras ferramentas são puras habilidades. Andar, falar, construir. Uma habilidade extraordinária que usamos o tempo todo, mas de que não temos consciência, é a capacidade de construir, na cabeça, as realidades virtuais chamadas mapas.

Para nos entendermos na nossa casa, temos de ter mapas dos seus cômodos e mapas dos lugares onde as coisas estão guardadas. Fazemos mapas da casa. Fazemos mapas da cidade, do mundo, do universo. Sem mapas, seríamos seres perdidos, sem direção.

A ciência é, ao mesmo tempo, uma enorme caixa de ferramentas e, mais importante que suas ferramentas, um saber de como se fazem as ferramentas. O uso das ferramentas científicas que já existem pode ser ensinado. Mas a arte de construir ferramentas novas, para isso há de saber pensar.

A arte de pensar é a ponte para o desconhecido. Assim, tão importante quanto a aprendizagem do uso das ferramentas existentes —coisa que se pode aprender mecanicamente – é a arte de construir ferramentas novas.

Na caixa das ferramentas, ao lado das ferramentas existentes, mas num compartimento separado, está a arte de pensar.

(Fico a pensar: o que as escolas ensinam? Elas ensinam as ferramentas existentes ou a arte de pensar, chave para as ferramentas inexistentes? O problema: os processos de avaliação sabem como testar o conhecimento das ferramentas. Mas que procedimentos adotar para avaliar a arte de pensar?)

Assim, diante da caixa de ferramentas, o professor tem de se perguntar: ‘Isso que estou ensinando é ferramenta para quê? De que forma pode ser usado? Em que aumenta a competência dos meus alunos para cada um viver a sua vida?’. Se não houver resposta, pode estar certo de uma coisa: ferramenta não é.

Mas há uma outra caixa, na mão esquerda, a mão do coração. Essa caixa está cheia de coisas que não servem para nada. Inúteis.

Lá estão um livro de poemas da Cecília Meireles, a ‘Valsinha’ de Chico Buarque, um cheiro de jasmim, um quadro de Monet, um vento no rosto, uma sonata de Mozart, o riso de uma criança, um saco de bolas de gude... Coisas inúteis.

E, no entanto, elas nos fazem sorrir. E não é para isso que se educa? Para que nossos filhos saibam sorrir? Na próxima vez, a gente abre a caixa dos brinquedos...
(Folha de SP, 29/6) FONTE: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.php?id=19707

Rubem Alves sabedoria que semeia amor e ideias

Mestre,  é assim que vejo o professor Rubem Alves, como um mentor  na área pedagógica, responsável pelo meu desenvolvimento, cuja prática influência no meu comportamento. Neste momento de comoção e reflexão, em que o mestre do "espanto" encontra-se internado  na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Centro Médico Campinas, em Campinas (SP), desde 10 de Julho, vem em minha mente frases que resumem a inteligência deste educador que semeia amor e ideias:
"O objetivo da educação não é ensinar coisas porque as coisas já estão na internet, estão por todos os lugares, estão nos livros”
"A missão do professor é provocar a inteligência, é provocar o espanto, é provocar a curiosidade.”
"Mas na profissão, além de amar tem de saber. E o saber leva tempo pra crescer."
"Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma.
Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles."
"A alma é uma borboleta...
há um instante em que uma voz nos diz
que chegou o momento de uma grande metamorfose..."
Rubem Alves


Junto-me a todos os educadores deste País, que acreditam na educação e na sua missão como agente de transformação, para reafirmar que "as palavras ditas, se eternizam". Muito obrigada, grande educador, por me ensinar a ver o mundo pela magia das palavras!

terça-feira, 20 de maio de 2014

PROFESSOR

Recebi este texto hoje nos comentários de uma postagem, mas quero destacá-lo pela belíssima mensagem de IVONE BOECHAT.


Alguém um dia se propôs a trabalhar na construção de vidas, estudou psicologia, filosofia e as melhores técnicas de comunicação. Passou dias, horas e minutos, observando o comportamento de todas as faixas etárias do ser humano.
Alguém se sentiu vocacionado e, atendendo aos apelos do coração, inscreveu-se na batalha de frente da luta milenar contra os analfabetismos.
Armado de pouquíssimos recursos materiais, postou-se, de peito aberto, levando flechadas federais, estaduais, municipais.
Alguém se especializou nas oficinas mecânicas do ser humano e candidatou-se a reformar conceitos e valores da educação mal orientada.
Alguém se inscreveu no concurso da vida, não se importando de sacrificar o próprio corpo na concorrência desleal de convênios, convenções, tratados e dissídios.
Alguém se fez alheio às dificuldades, tendo plena certeza delas, e saiu disposto a questionar leis, portarias, resoluções e regimentos. Nos desmaios da sobrevivência, impôs-se.
Alguém foi nomeado, designado, empossado para o exercício do magistério, não se perdeu no labirinto do caminho nem se assustou com o fantasma da exigência impossível. Saiu a procurar o aluno perdido nas balas perdidas da guerra civil.
Alguém convive com a distância, com a fome, com a injustiça, com a carência e a canseira, contudo, ensina gerações a acreditar no futuro, a ter fé e não se deter.
Para um ser assim tão especial, só um nome poderia identificá-lo: PROFESSOR.

Ivone Boechat

sexta-feira, 21 de março de 2014

Entre as Águas

A ciência tem demonstrado que a vida se originou entre as águas e que sem água não há vida!
Quando imaginamos belíssimos cenários naturais com ar puro e clima agradável, sempre estão entre as águas: fontes de águas claras, uma praia, as ondas do mar, um rio, uma lagoa...pois é, estamos interligados e dependente de um equilíbrio no ciclo hidrológico.
Sinto-me privilegiada em morar em um Estado que leva água até no nome ALAGOAS - PARAÍSO DAS ÁGUAS. Um Estado repleto de praias paradisíacos, cenários deslumbrantes entre mar, rios e lagunas.
Sua capital - MACEIÓ- Cidade Sorriso, onde o Sol brilha durante quase o ano inteiro, tem na origem de seu nome a presença da água (Massayó, que significa "restingas alagadas" ou "que tapa o alagadiço").

 Nesta semana dedicada mundialmente à água,  quero um pingo de consciência  de cada cidadão. Porque  é gota à gota que se forma um oceano. Precisamos da implantação de um modelo de turismo compatível com a preservação ambiental. São pequenas atitudes que definem nosso respeito e consciência ambiental.  

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Médicos: Rubem Alves

Aproveitando meu ócio, estou lendo o livro Ostra Feliz não faz Pérola, de Rubem Alves. É um livro tipo mosaico de ideias, textos em flash que o autor anotou durante sua vida e que achou de publicá-los nesta obra. Leitura muito gostosa e agradável. O melhor é que você pode começar a ler o livro de qualquer parte, porque segundo o próprio Rubem Alves, o livro é sem princípio, sem meio e sem fim.

Médicos
Eu também desejei muito ser um médico. Por que não fui, nem sei explicar direito. Mas na minha juventude os médicos eram diferentes dos médicos de hoje. Tinham de ser porque o mundo era diferente Os hospitais eram raros e raros também eram os laboratórios. Como um Sherlock Holmes, valendo-se de pistas mínimas, o médico tinha de descobrir o criminoso que deixava suas marcas no corpo do doente. Naqueles tempos a inteligência era muito importante. Por esse Brasil afora os médicos eram, frequentemente, heróis solitários que atendiam unha encravada, cachumba, desidratação, bronquite, pneumonia, parto, prisão de ventre, resfriado, crupe, disenteria, gonorréia, berne, conjuntivite, furúnculo, hemorróidas, lombriga, dor de garganta, coqueluche, tosse de cachorro, verruga, indigestão... E tinham de ser humildes porque as derrotas na luta contra a morte e o sofrimento eram mais frequentes.Vocês poderiam ler a estória do Jeca Tatuzinho, do Monteiro Lobato, distribuidos mais de oitenta milhões de exemplares. Com meus cinco anos eu sabia a estória do Jeca Tatuzinho de cor e a “lia”, compenetrado, para minha tia Noemia que estava doente... Com frequência o médico recebia como pagamento um frango, duas dúzias de ovos, um leitão – mais a eterna gratidão de quem tinha sido atendido e não podia pagar. Deus no céu, o “doutor” na terra, eram as valias dos pobres. O médico que me inspirou, que era o meu modelo... E por falar em modelo, que médico é o seu modelo? Há um médico que seja objeto da sua admiração, alguém que você deseja ser como ele? Antigamente os modelos eram de carne e osso. Hoje os modelos são mais abstratos, tipos ideais, como se tivessem perdido o rosto. Os modelos deixaram de ser pessoas e passaram a ser uma especialização profissional. Mas, como eu dizia, o meu modelo foi Albert Schweitzer, sobre quem já escrevi uma crônica que está no livro “O médico”. Hoje, quando se pensa num médico, pensa-se em alguém portador de um conhecimento especializado: a lista deles se encontra no catálogo da UNIMED ... Cada médico é uma unidade bio-psicológica móvel portadora de conhecimentos especializados e que executa atos sobre o corpo do paciente... Naqueles tempos era diferente. Os médicos tinham sim, conhecimentos e executavam atos sobre o corpo do paciente. Mas o que os caracterizava, mesmo – pelo menos no imaginário popular – era o fato de que eles eram seres movidos por compaixão. Eles eram muito amados, tomavam café com bolo de fubá depois das visitas nas casas. Compaixão, nas suas origens etimológicas, quer dizer “sofrer com um outro”. A compaixão é, talvez, a mais humana das nossas características. Toda pessoa que procura um médico está sofrendo. O “paciente” é aquele que sofre. Há sofrimentos dos mais variados tipos, das hérnias de disco e cálculos renais até a absoluta falta de apetite e a tristeza. O médico, que pode não estar sofrendo nada ( se ele estiver sofrendo será um médico mais compassivo... ), sofre um sofrimento que não é seu, é de um outro. E é só porque ele sofre com os sofrimentos dos outros que ele se impõe a disciplina de estudar, pesquisar e desenvolver habilidades: para que o outro sofra menos ou deixe de sofrer. A medicina nasceu da compaixão. Albert Schweitzer era uma pessoa muito especial. Desde menino sofria com o sofrimento de todas as coisas vivas, os mínimos animais e até mesmo com o capim cortado pela foice. Se disserem que ele deveria ter alguma perturbação mental eu direi que vocês provavelmente estão certos. Esse tipo de sensibilidade não se encontra no normal das pessoas. Mas é precisamente essa sensibilidade exacerbada que caracteriza os grandes homens e as grandes mulheres. São Francisco, Chopin, Cecília Meireles, Madre Tereza de Calcutá, Nietzsche, Faure, Gandhi foram todos pessoas de sensibilidade exacerbada. Por causa deles o mundo ficou melhor e mais bonito. O que faz um médico não são os seus conhecimentos de ciência médica. A ciência médica é algo que lhe é exterior e que ele leva consigo, como se fosse uma valise. Os conhecimentos científicos, qualquer pessoa pode ter. Mas a alma de um médico não se encontra no lugar do saber mas no lugar do amor. O médico é movido pela compaixão. Albert Schweitzer transformou esse sentimento num princípio ético que todo médico deveria ter afixado no seu consultório, para não se esquecer: Reverência pela vida. Toda vida, a mais ínfima, é sagrada. E foi movido por esse sentimento que aos trinta anos começou os seus estudos de medicina e foi exercê-la, pelo resto de sua vida, num lugar abandonado do coração da Africa chamado Lambarene. (ALVES, Rubem. Ostra feliz não faz pérola. São Paulo: Planeta, 2008. p.66)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Cuide-se bem!

Nesta semana de muitas comemorações e correrias ouvi de alguém as frases da música: Cuide-se bem, de Guilherme Arantes. Como gosto de editar vídeos, fiz este para você! Boas Festas!

sábado, 16 de novembro de 2013

Formação continuada do professor: movendo-se num mundo virtual e colaborativo

Muitos são os desafios acerca da formação continuada dos professores: desde a desmotivação pela falta de valorização, a exaustão da carga horária até a compreensão de que estamos vivendo numa sociedade em rede e que isso implica em uma profunda mudança na formação docente. 
A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), a nova alfabetização informacional, o desenvolvimento de habilidades no uso de 'ferramentas tecnológicas' exige uma nova postura do professor. 
A UNESCO, com objetivo de responder aos desafios de uma Educação para uma “Sociedade em Rede”, criou em 2009, uma coleção de documentos intitulados “Padrões de Competência em TIC para Professores (ICT-CST)”.
“A meta [...] é melhorar a prática docente em todas as áreas de trabalho. Combinando as habilidades das TIC com as visões emergentes da pedagogia, no currículo e na organização escolar, os padrões foram elaborados para o desenvolvimento profissional dos professores que utilizarão as habilidades e os recursos de TIC para aprimorar o ensino, cooperar com os colegas e, talvez, se transformarem em líderes inovadores em suas instituições.” (UNESCO. Padrões de Competências em TIC para Professores: Diretrizes de Implementação, versão 1.0. 2009. p. 5)[1]
 A aprendizagem compartilhada e social, construída coletivamente, virtualmente,  rompe os limites do espaço e do tempo, possibilitando uma formação continuada mais significativa e qualitativa.
Assim, o uso do blog pode contribuir de maneira efetiva na formação continuada do professor que deixa de ser mero transmissor de informação e passa a buscar caminhos para sua auto-formação.
[1] Obra original - ICT competency Standards for teachers: implementation guidelines, version 1.0. Paris: UNESCO, 2008

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Mais de Rubem Alves...O hábito da leitura


Perguntam-me: o que fazer para criar o hábito da leitura? Respondo: "Nada. Não se deve criar o hábito da leitura. Hábito tem haver com cortar as unhas, tomar banho... Os hábitos produzem ações automáticas. Um homem pode ter um hábito de dar um beijinho na mulher ao sair de casa estando com o pensamento muito longe dela. O que há de se fazer é ensinar as crianças a amar os livros..." 
(ALVES, Rubem, 2008,p.120)
 Livro: Ostra feliz não faz pérola

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

"Livros são espelhos"



Sempre gostei de ler. Tenho uma relação de amor a primeira vista com alguns livros, foi o que aconteceu semana passada durante uma visita a  IV Bienal. Um livro de Rubem Alves, O SAPO QUE QUERIA SER PRÍNCIPE, me chamou a atenção antes mesmo de abri-lo. 
Aparentemente um livro triste pelo título e pela capa escura com letras brancas e verdes, nada que atraísse o olhar para ele, mas de alguma forma o vi em meio a tantos outros. Assim que peguei-o afirmei: É este.
Quando compro um livro, gosto de observar cada detalhe da capa, leio atentamente a sinopse  e só então o abro. Ainda na Bienal, ao abri-lo me deparo com o seguinte texto na barra interna da capa: 
Por que haveria você de gastar o seu tempo lendo as memórias de uma pessoa que você não conhece? A resposta é Fernando Pessoa que dá:  escrevemos "para comunicar aos outros a nossa identidade íntima com eles". No fundo das diferenças, todos somos iguais.
 Em apenas um dia li as suas 230 páginas. Li por prazer e não por dever. A primeira leitura sensorial e emocional, seguida de uma segunda, mais analítica. Para quem acredita que "Ler é acariciar o cérebro", recomendo.
E para despertar mais o desejo em conhecer um pouco mais de Rubem Alves...
Livros são espelhos. Gostamos de um livro não por causa de eventuais informações que ele nos passe, mas porque nos vemos refletidos nele. A literatura é um caminho transversal para incursões no inconsciente. (Alves, Rubem,  2009, p.51).

terça-feira, 15 de outubro de 2013

SOMOS TODOS PROFESSORES


Somos todos professores em potencial, nesta grande escola chamada VIDA!

Como nunca paramos de aprender, também nunca paramos de ensinar.

Não importa o papel que você desempenha neste momento sempre há uma via de mão dupla no ensinar e no aprender, seja com os nossos filhos, alunos, cônjuges, pais, parentes ou amigos sempre há uma troca. Ninguém é detentor do saber!

É na possibilidade de estabelecer relações com os outros que nos transformamos em seres humanos.

Somos todos imperfeitos, cometemos erros, mas muitas vezes acertamos. Tentando e errando ou tentando e acertando, vamos fazendo esta escola na qual ser aluno ou professor vai depender tão somente da lição que cada dia nos proporciona.

Aos mestres com carinho... Feliz dia do Professor!

Glaucia Esteves

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Porque é Primavera


Porque hoje é Primavera vou ficar com este trecho da
 Música Primavera (Tim Maia)

Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo, meu amor

Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)


Meu amor...
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)

domingo, 1 de setembro de 2013

TRÊS DIAS DESCONECTADA

Não sou nativa digital, mas como imigrante já me sinto a vontade com a tecnologia. Em meu dia-a-dia preparar relatórios no Word, montar apresentações no PowerPoint, baixar músicas no Songr, olhar as mensagens no Outlook, postar no Blog ou entrar no Facebook já fazem parte da rotina. É quase mecânico. Apropriei-me desses recursos e utilizo-os de forma habitual, mas por força de um apagão em casa, fiquei três dias fora deste universo tecnológico. E como foi bom!
De vez em quando faço isso por vontade, deixo de me conectar por algumas horas, mas desta vez foi por falta de opção... aproveitei o tempo livre para ler um bom livro, estreitar laços, fotografar e desenvolver o meu ócio criativo. Agora já On, aproveito para dividir com vocês fotografias dos meus dias Offline:
Libélulas ou Lavadeiras, também chamada por aqui de zig-zig são insetos pertencentes à ordem Odonata. São grandes predadores de outros insetos.


O anu-branco (Guira guira Gmel.), também chamado rabo-de-palha, alma-de-gato, anum-do-campo, pelincho, piló, piriguá, quiriquiri e quiriru.
Grilo verde é um sinal de esperança...ortóptero (Orthoptera, do grego orto - pteros, asas retas)
Marimbondo é o nome comum dos Himenópteros - Hymeno (membrana) + ptera (asas). Denominação mais genérica para qualquer uma das maiores espécies de vespas Existem espécies solitárias e sociais.
A lavadeira-mascarada (Fluvicola nengeta) também conhecida como lavadeira, noivinha, viuvinha, maria-branca, maria-lencinho, bertolinha ou pombinho-das-almas e senhorinha. Em alguns lugares no Nordeste também é conhecida pelo nome de Lavadeira-de-Deus.




Sagüim (Callithrix jacchus),também chamado de sauim, xauim, sauí, soim, massau, tamari, mico, miquinho.




sexta-feira, 9 de agosto de 2013

POEMA

Ouvi, hoje, este poema de Victor Hugo
 e achei significativo, compartilho com vocês:


Poema

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",

Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar ".

Victor Hugo

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

7º Congresso Internacional de EDUCAÇÃO de Maceió

Qualidade na Educação é o grande desafio da escola atual. Precisamos de gestores comprometidos, professores motivados, que desenvolvam competências e escolas que preparem seus alunos para viverem em sociedade, com cidadania e responsabilidade. E como não nascemos pronto, sempre precisamos buscar aperfeiçoamento e qualificação profissional.
Philippe Perrenoud



Vasco Moretto


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Aprendendo com as FORMIGAS!



Achei um blog bem Legal chamado Casa das Saúvas, nele você poderá conhecer um pouco mais sobre a vida das formigas cortadeiras é só clicar neste link

sábado, 20 de julho de 2013

FELIZ DIA DO AMIGO!


Um beijo especial aos amigos no dia de hoje.

A  BORBOLETA E A MENINA
Autor desconhecido

Havia uma garotinha que gostava de passear pelos jardins,
quando um dia vê uma borboleta espetada em um espinho.
Muito cuidadosamente ela a solta e a
borboleta começa a voar para longe. 

Então ela volta lhe diz: - Por sua bondade, vou
conceder-lhe seu maior desejo.
A garotinha pensou por um momento e
replicou: - Quero ser feliz. 

A borboleta inclinou-se até ela e sussurrou
algo em seu ouvido e desapareceu subitamente. 

A garota crescia e ninguém na terra era mais feliz do que ela. Sempre que alguém lhe perguntava sobre o segredo de sua felicidade, ela somente sorria e respondia: 

- Soltei a borboleta e ela me fez ser feliz. 

Quando ela ficou bem velha, os vizinhos temeram que o seu segredo fabuloso pudesse morrer com ela. - Diga-nos,
por favor - eles imploravam - diga-nos o que a fada disse.

Agora a amável velhinha simplesmente
sorriu e disse: - Ela me disse que todas as
pessoas, por mais seguras que pudessem
parecer, precisavam de mim!' 

Na verdade... Nós todos precisamos uns dos outros, eu por exemplo preciso de você... do seu carinho e da sua amizade mas não se esqueça:
Amizade é sempre querer a pessoa que
ama ao seu lado. 

Amizade não é ocasional interessada ou pretensiosa.
Amizade é para ser constante e para sempre.
Quando você ajuda a alguém, por mais pequeno que seja, você está liberando felicidade para sua vida. 

Felicidade implica em ajudar o próximo, se doar.